segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O golpe de 1964

Uma semana depois da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, um fato piorou a situação de Goulart: um grupo de fuzileiros navais enviados para prender os mais de mil marinheiros que estavam promovendo uma manifestação no Sindicato do Metalúrgicos, na Guanabara, solidarizou-=se com os manifestantes. João Goulart pôs fim à rebelião, porém não puniu os rebeldes, e isso contrariou os Oficiais da Força Armadas que consideraram essa atitude um incentivo à quebra de disciplina.
Em 31 de março de 1964, as tropas do general Olímpio Mourão Filho, marcharam, em direção ao Rio de Janeiro a fim de retirar João do poder. Logo receberam o apoio do comandante do II Exército (São Paulo) e dos governadores Magalhães Pinto (Minas Gerais), Ademar de Barros (São Paulo) e Carlos Lacerda (Guanabara). João Goulart perdeu o poder, era o fim da República populista e o início do Regime Militar.

Reformas de Base

Como chefe de governo, Jango prometeu realizar as reformas de base. Ele tentou aproximar das camadas populares e de setores das camadas médias favoráveis à mudança social, mas com a sociedade se dividindo em relação a essas reformas, movimentos eram feitos com pessoas à favor e contra à essas reformas.
Eram à favor: UNE- União Nacional dos Estudantes; JOC- Juventude Operária Católica; JUC- Juventude Universitária Católica; e a CGT- Comando Geral dos Trabalhadores.
Eram contra: Grandes empresários; parte do alto clero, oficiais do exército e algumas organizações, como o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad) e o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (Ipes).
Goulart estava sem o apoio do Parlamento para suas reformas, então dia 13 de março ele liderou um gigantesco comício pelas reformas de base, em frente a Estação da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, e ali na frente de milhares de brasileiros o presidente assinou dois decretos de grande impacto popular, a qual trata-se de apenas duas realizações das cinco reformas, a agrária e a nacionalização de todas as refinarias de petróleo particular.
Como resposta ao comício do dia 13, no dia 19 de março autoridades civis e religiosas fizeram uma enorme passeata contra as reformas de Goulart: A Marcha da Família com Deus pela Liberdade.

Governo de João Goulart e seus pontos negativos

Com a renuncia de Jânio, o governo deveria ser entregue a João Goulart, mas a UND, chefes militares, empresários nacionais e estrangeiro não concordaram com a posse de Jango, pois era até acusado de ter ligação com o comunismo internacional.
Com a desconfiança dos empresários e o governo conturbado de Jango, os investimentos na produção diminuiu ocasionando a queda do emprego e custos de obras públicas e a emissão de dinheiro elevaram a inflação.
João Goulart

domingo, 23 de setembro de 2012

Jânio Quadros fora do poder



No governo de Jânio, um fato importante foi a política externa independente, a qual tratava-se do apoio do Brasil com a União soviética e China comunista, o afastamento das relações com o Estados Unidos, e a influência aos países africanos que tentavam se tornar independentes de Portugal. 
Em 19 de agosto de 1961, Quadros homenageia Che Guevara com a ordem do Cruzeiro do Sul, e com isso Carlos Lacerda começou a acusar Jânio de ser coligado dos comunistas e pretender instalar novamente uma ditadura no Brasil. E, para a surpresa de todos, no dia 25 de agosto de 1961 ele renunciou à presidência da República e deixou uma carta para ser entregue ao Congresso.





terça-feira, 18 de setembro de 2012

Governo de Jânio Quadros



Em 1960, novas eleições presidencialistas ocorreram e foram vencidas pelo professor e advogado Jânio da Silva Quadros, do UND, e como vice-presidente o ganhador foi João Goulart, do PTB.
Jânio no seu poder foi um típico líder populista. Quando assumiu o poder em 1961 a dívida externa estava muito alta e foi preciso que o presidente congelasse os salários, diminui o crédito empresarial e cortou a ajuda governamental às importações de trigo e petróleo, o que resultou no aumento 100% de pão de combustíveis.
Conseguindo negociar a dívida externa ele ganhou o apoio do FMI (Fundo Monetário Internacional), mas perdeu a popularidade. Outro fator que não favoreceu a Jânio foi os seus costumes moralistas que proibiu briga de galo, lança perfume e festas carnavalescas e o uso de biquíni.
 

Governo de JK



A promessa de Juscelino ao ser eleito era que o Brasil iria progredir 50 anos em apenas 5. Sua política de desenvolvimento incluía a entrada do capital estrangeiro e um Plano de Metas, a qual previa investimentos públicos em 5 grandes áreas: energia, transporte, industria, educação e alimentação.
Começou investindo milhões nas indústrias de base, e ao mesmo tempo atraiu empresas multinacionais que instalaram fábricas para produzir bens de consumo no Brasil, principalmente automóveis. O Plano de Metas foi bem-sucedido e a economia brasileira cresceu 8,1% em uma taxa média anual, porém JK permitiu o aumento exagerado da inflação, e as indústrias instaladas principalmente na região Centro-Sul não favoreceram as outras regiões do Brasil, aumentando também a desigualdade social e a migração para as regiões desenvolvidas (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte).

Lott garante o poder a Juscelino



Com a morte de Vargas, no ano seguinte, em 1955, o povo elegeu para presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, do PSD, e como vice-presidente João Goulart, do PTB.
A UND não se conformou com a derrota nas eleições, e continuou tentando dar um golpe e dizendo que os eleitos não tiveram a maioria de votos e que era apoiados por comunistas, porém de nada adiantou e o general legalista Henrique Teixeira Lott obrigou Lacerda e seus companheiros a fugir.

Getúlio cumpre sua palavra



Os políticos da UND e os militares preparavam um golpe contra Vargas, até que aconteceu um novo fato: Carlos Lacerda é atingido por uma bala, ele escapou com vida, mas o seu acompanhante morreu. A investigação resultou em que Gregório Fortunato, guarda pessoal de Getúlio era o mandante do crime.
Os jornais da oposição então, para tentar retirar Getúlio do poder, e no dia 22 de agosto de 1954 os oficiais da Aeronáutica exigiram através do manifesto a renúncia de Vargas, porém o mesmo pressionado escreveu uma carta ao povo e, em seguida, se matou.